Foto do workshop realizado na cidade de Montbéliard, França, em abril de 2018.

Estou na França desde abril de 2018. Uma verdade experiência de deslocamento, de entrar em contato com novas realidades, uma imersão cultural, uma efervescência de possibilidades.

Fui convidada pela amiga e artista francesa Adeline Lepine a participar de um encontro na cidade de Montbéliard, no interior da França, com artistas e suas proposições a partir da ideia do “comum”. Fui vendo, aos poucos, como essa é uma questão presente no cotidiano francês. O que vem a ser o “comum” está sempre em debate (até na esquina da minha casa já vi  o centro cultural do bairro movendo essa discussão entre os moradores). Não é à toa que experiências como a do Teatro do Oprimido, de Augusto Boal, tiveram tanta repercussão em solo francês.

De todo modo, minha ideia aqui é poder ir trocando com artistas, terapeutas e pesquisadores interessados na interface arte/clínica para compreender  de que modo o legado de Lygia Clark, que aqui viveu nos anos 70 reverbera nos dias de hoje (afinal, pode-se dizer que a virada epistemológica de Lygia, que impulsiona o meu trabalho na Fios do ser se deu aqui).

Há muito ainda por ser trilhado. Por agora apenas caminho na rua tentando compreender o francês, mas também ouvindo muito árabe e outras línguas que desconheço. É bonito poder ser desterritorializar, abrir-se ao desconhecido, e com isso reconhecer também de onde se vem.

Vou atualizando as próximas descobertas por aqui! 🙂

A biêntot!